Integrantes dos 26 municípios que congregam a Associação dos Municípios das Missões (AMM) estiveram em Santa Rosa na quinta-feira (23), no 7º Grito de Alerta, organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), juntamente com os sindicatos regionais. O protesto é contra a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional 287/2016, a PEC da reforma da previdência que prevê mudanças na idade de aposentadoria e no tempo de contribuição do INSS, especialmente nas conseqüências das novas regras de aposentadoria rural, caso sejam aprovadas.
Cerca de 15 mil manifestantes da macrorregional Missões Fronteira Noroeste, que é composta pelas regionais sindicais Missões, Santa Rosa,Três Passos e Ijuí, somando mais de 70 sindicatos, se reuniram na praça da Independência, com faixas, bandeiras e cartazes. Depois, caminharam até o INSS e outros pontos de Santa Rosa. Segundo a Fetag, o objetivo é mostrar ao governo federal que os agricultores familiares não aceitarão uma reforma previdenciária, que tome os direitos conquistados em 1988, com a Constituição Federal.
Agricultores, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, imprensa e comunidade em geral, totalizaram três mil participantes da região das Missões. Para o vice-presidente da AMM e prefeito de Rolador, Paulo Peixoto, o movimento foi fundamental para chamar a atenção dos deputados federais, e evidencir que toda a macrorregião noroeste está unida e vai cobrar que eles votem contra a PEC 287.
Em adesão ao 7º Grito de Alerta, mais de 15 chefes do Executivo missioneiro e respectivas comitivas, se deslocaram até Santa Rosa. Além disso, teve prefeituras que fecharam as portas; funcionários que pararam as atividades por duas horas e protestaram do lado de fora; outras apenas com expediente interno, e aquelas que funcionaram normalmente. Prefeitos que estavam presentes fizeram suas considerações sobre a relevância do movimento.
Colaboração: Karin Schimidt