Nosso município é abastecido por 42 poços artesianos (tubular profundo), sendo 03 que abastecem a cidade e 39 poços que abastecem as comunidades do interior.
As águas destinadas ao consumo humano estão regulamentadas pela Portaria de 2.914 de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, a qual requer que a água seja tratada com cloro, onde o nível mínimo de cloro é de 0,2 mg sendo o máximo aceitável 2,0 mg por litro.
A diferença da quantidade de cloro usado no tratamento varia devido à qualidade de águas existentes, ligados ao abastecimento que podem ser de lagos, rios e poços artesianos, sendo que o abastecimento de lagos e rios exige-se maior concentração de cloro e flúor.
A Vigilância Sanitária é responsável por exames periódicos para o monitoramento da qualidade da água, tanto para o interior do município como para a cidade, onde são analisadas amostras de água coletadas num período nunca inferior a 48 horas após chuva, onde as melhores coletas são em dias secos, realizadas pelo laboratório Lacen de Santo Ângelo, coordenado pela 12ª Coordenadoria Regional de Saúde.
Estes exames são específicos para o estado bacteriológico, quantidade de flúor e cloro e a turbidez da água, onde os padrões estão estabelecidos pela Portaria citada.
A colocação de flúor em águas de poços artesianos nem sempre é necessária, devido a maioria destas águas apresentarem a quantidade de flúor necessária ou então a suspensão do uso deste poço pelo excesso de flúor, onde o excesso causa entre outros, o enfraquecimento dos ossos e vários problemas nos dentes.
Também é de responsabilidade da Vigilância Sanitária fazer o monitoramento da cloração através de aparelho chamado clorimetro, onde este apresenta a quantidade de cloro presente na água, realizado em vários pontos da cidade.
Somos questionados seguidamente pela população, principalmente do interior do município, sobre o porquê da necessidade da cloração da água, onde muitos acham desnecessários, por acreditarem que no interior do município não há tantas fossas sépticas (poços negros) e outros que podem comprometer a qualidade da água local.
Mas estudos apresentam que há contaminação do lençol de água, do Aquífero Guarani, o qual fornece água para a nossa região e para um vasto território, apresenta contaminação em alguns pontos de sua extensão, principalmente por bactérias, as do grupo coliformes, onde se faz necessário o tratamento da água.
Elaine Cristina Ivanowski – Coordenadora da Vigilância Sanitária