Iniciamos mais um mês dentro do calendário civil, no contexto de toda esta situação de pandemia que estamos vivendo, de dificuldades, sofrimentos e tantos desafios enfrentados por todos na ordem social, afetiva, psicológica e humana.
Conscientes disso, a Igreja Católica, celebra o mês de agosto, como o “Mês Vocacional”, onde através de cada domingo, recorda as vocações e propõe uma reflexão do que significa responder ao chamado divino, da importância da oração e das ações que uma comunidade pode realizar em favor dos (as) vocacionados (as).
A origem de todo chamado provém de Deus, a fonte da vida e das vocações. A primeira vocação é a vida, a qual recebemos para contemplarmos um tempo existencial, cronológico, para depois vivermos a plenitude na eternidade.
No contexto litúrgico, a Igreja dedica cada semana do mês de agosto a uma vocação, sendo que na primeira semana, a vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos; na segunda semana, a vocação para a vida em família, com atenção especial aos pais; na terceira semana, a vocação para a vida consagrada: os religiosos (as) e consagrados (as) seculares e por fim na quarta semana, a vocação para os ministérios e serviços na comunidade, quando no último domingo do mês celebra-se o dia nacional do Catequista.
Responder ao chamado de Deus para uma vocação específica não é algo simples e fácil, é inquietante, dá medo, algumas vezes é confundido apenas como um desejo exclusivamente humano, por isso, exige discernimento, oração e um acompanhamento vocacional, até que a pessoa tenho condições de assumir, de fato é um chamado de Deus.
Na medida em que o (a) vocacionado (a) assume esta verdade dentro de si, é importante que olhe para a frente e busque percorrer os caminhos que levam a meta final de tal vocação. Por exemplo, aquele que busca a vocação sacerdotal, buscará o tempo de formação dentro de um seminário, para aprimorar este discernimento; o religioso e a religiosa da mesma forma, ingressam no processo formativo, de modo que vão lapidando o chamado.
Assim também devem ser aqueles que assumem a busca pela vocação matrimonial, quando fazem do período do namoro, uma ocasião para conhecer, entender os limites do outro e perceber que não existem pessoas perfeitas, mas que na prática do amor, aprendem a cuidar dos limites e das virtudes um do outro, até que assumem o noivado e consequentemente o Matrimônio.
Diante da evolução da sociedade, certamente as vocações sacerdotais e religiosas passaram por um momento de crise. Há hoje um leque maior de opções e uma outra mentalidade, no entanto, Deus continua chamando jovens, homens e mulheres para um exercício ministerial que façam com que doem sua vida, para que outros tenham vida.
Rezar é uma forma de cultivar a vocação e de pedir ao dono da messe que envie operários. Vivamos o mês de agosto, como um tempo, em que podemos mergulhar numa reflexão séria sobre o sentido da vocação à qual Deus lhe chamou e como estamos cuidando da primeira vocação: a vida!